ARTICLE IN PRESS
rev bras reumatol. 2015;xxx(xx):xxx-xxx
ELSEVIER
REVISTA BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA
www.reumatologia.com.br
SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA
Artigo original
Associagao entre o polimorfismo do gene PDCD1 e a susceptibilidade ao lúpus eritematoso sistemico e á artrite reumatoide
Luisa Matos do Cantoa'*, Ticiana Della Justina Fariasa'*, Mayara Delagnelo Medeirosa, Aline Fernanda Rodrigues Sereiaa, Lia Kubelka Fernandes de Carlos Backa, Filipe Martins de Mellob, Adriana Fontes Zimmermannc, Ivanio Alves Pereirac e Ilíada Rainha de Souzaa'**
a Departamento de Biología Celular, Embriología e Genética, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil b Servico de Reumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade do Estado de Sao Paulo, Sao Paulo, SP, Brasil c Divisao de Reumatologia, Hospital Universitário, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil
informaqoes sobre o artigo resumo
Histórico do artigo: Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a relacao entre o polimorfismo do gene Recebido em4 de julho de 2014 PDCD1 (programmed cell death 1) (PD1.3G/A - rs11568821) com características do lúpus erite-Aceito em 6 de maio de 2015 matoso sistemico (LES) e da artrite reumatoide (AR) em uma populacao do sul do Brasil. On-line em xxx Métodos: A técnica de PCR-RFLP (Polymerase Chain Reaction-Restriction Fragment Lenght Poly__morphism) foi utilizada para analisar amostras de 95 pacientes com LES e 87 com AR, assim
Palavras-chave: como em 128 individuos do grupo controle de Santa Catarina, sul do Brasil. Foi analisada a
Artrite reumatoide probabilidade de equilibrio de Hardy-Weinberg (EHW) e a odds ratio (OR), considerando um
Lúpus eritematoso sistemico 'C 95% e p 5 0,°5.
Autoimunidade Resultados: As frequencias alélicas PD1.3 A foram de 0,095 (LES), 0,115 (AR) e 0,078 (controles).
Gene PDCD1 Os genotipos do grupo controle estavam em EHW, enquanto aqueles dos pacientes com LES
Polimorfismo PD1.3 e AR nao estavam. No entanto, nao foi encontrada associacao entre o polimorfismo PD1.3 e
a suscetibilidade ao LES ou á AR, nem com dados clínicos ou epidemiológicos. Conclusao:Nao foi encontrada associacao significativa entre o polimorfismo PD1.3 e a susceptibilidade ao LES ou á AR nessa populacao do sul do Brasil.
© 2015 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.
* Os dois primeiros autores contribuiram igualmente neste manuscrito.
** Autor para correspondencia.
E-mail: iliadarainha@gmail.com (I.R.de. Souza). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2015.05.001
0482-5004/© 2015 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.
ARTICLE IN PRESS
rev bras reumatol. 2015;xxx(xx):xxx-xxx
Association of PDCD1 polymorphism to Systemic Lupus Erythematosus and Rheumatoid Arthritis susceptibility
abstract
Keywords:
Rheumatoid arthritis
Systemic lupus erythematosus
Autoimmunity
PDCD1 gene
PD1.3 polymorphism
Objectiue:This study aims to analyze the relationship of programmed cell death 1 (PDCD1) gene polymorphism (PD1.3G/A - rs11568821) with features of systemic lupus erythematosus (SLE) and rheumatoid arthritis (RA) in a Southern Brazilian population. Methods:Polymerase Chain Reaction-Restriction Fragment Length Polymorphism (PCR--RFLP) was performed in 95 SLE and 87 RA patients and 128 control group individuals from Santa Catarina, Southern Brazil. The Hardy-Weinberg Equilibrium (HWE) test, and odds ratio (OR) were analyzed, considering CI 95% and p<0.05.
Results:The PD1.3A allele frequencies were 0.095 (SLE), 0.115 (RA) and 0.078 (controls). The genotypes of the control group were in HWE, while those of SLE and RA patients were not. However, we found no association between PD1.3 polymorphism and the SLE or RA susceptibility, nor clinical or epidemiological data.
ConcIusion:There was no significant association between PD1.3 polymorphism and SLE or RA susceptibility in this Southern Brazilian population.
© 2015 Elsevier Editora Ltda. All rights reserved.
Introducáo
As doencas reumáticas autoimunes compartilham achados clínicos e sao causadas por múltiplos fatores, incluindo uma base genética complexa, juntamente com fatores nao genéticos, que contribuem em diferentes graus para cada individuo afetado.1 Os polimorfismos genéticos tem sido investigados, revelando novas evidencias de contribuido genética para as doencas reumáticas. Entre as doencas autoimunes, o lúpus eritematoso sistemico (LES) e a artrite reumatoide (AR) tem sido os principais alvos de estudos de variacao genética, uma vez que representam transtornos sistemicos com um amplo espectro de manifestacoes clínicas.1,2
O LES acomete principalmente mulheres em idade repro-dutiva e sua principal característica é a producao de autoanticorpos contra antígenos nucleares, como DNA de cadeia dupla (dsDNA), ribonucleoproteínas (RNP) e antígeno Smith (Sm); bem como antígenos citoplasmáticos e de superficie celular.3 Esses autoanticorpos se depositam em vários órgaos, causando inflamacao e levando a sintomas que podem variar de sutis a potencialmente fatais. Podem ocorrer manifestacoes sistemicas, incluindo febre, fadiga e perda de peso, bem como dor nas articulares decorrente da artrite, eritema malar e discoide, fotossensibilidade e envolvimento do sistema nervoso central e periférico, rins, coracao e pulmoes.1 A progressao da doenca é individual e heterogénea, de modo que tem sido procurados diferentes biomarcadores a fim de desvendar a susceptibilidade e o desenvolvimento da doenca, bem como para orientar decisoes terapeuticas.4,5
A patogenese da AR é complexa e resulta em inflamacao crónica das articulares e, em muitos pacientes, complicares sistemicas, como nódulos subcutáneos, comprometimento pulmonar e aterosclerose precoce, o que pode ser um desafio no que diz respeito ao tratamento.6 A fim de se chegar a um melhor prognóstico e, consequentemente, melhores
desfechos clínicos na AR, é necessário identificar marcadores que possibilitem a subcategorizacao da doenca.7 Até o momento, fatores serológicos, como o fator reumatoide (FR), os autoanticorpos antiproteínas citrulinadas (ACPA) e o marcador de inflamacao aguda proteína C-reativa (PCR), tem ajudado a classificar fenótipos clínicos da AR.8-11 O fator reumatoide é um autoanticorpo dirigido contra a porcao Fc da IgG e se correlaciona com a gravidade da doenca;12 por sua vez, os ACPA sao dirigidos contra proteínas citrulinadas e também podem ajudar a predizer uma doenca mais grave e erosiva.13 Embora a etiologia do LES e da AR nao esteja bem estabe-lecida, hipotetiza-se que a ativacao desregulada dos linfócitos desempenhe um papel importante na quebra da tolerancia imunológica e leve a autorreatividade.2,14 Envolvidas nesses processos, as moléculas coestimuladoras sao essenciais para o equilíbrio entre a ativacao e a inibicao dos linfócitos T.15 Dentre essas moléculas, a proteína PD-1 tem mostrado um importante envolvimento na profunda perda de autotoleran-cia, o que leva a rápida letalidade associada a infiltracao de linfócitos em vários órgaos.16 Essa proteína é expressa na superfície dos linfócitos T, linfócitos B e células mieloides e é um membro da família CD28 que pertence a superfamília das imunoglobulinas e atua como uma molécula inibitória dos linfócitos T, após interacao com os seus ligantes PDL-1 e PDL-2 (programmed cell death ligant- 1 e 2).17 Após a ativacao inicial das interacoes com os linfócitos T, o complexo PD-1-PDL-1/2 pode limitar a proliferacao dos linfócitos T autorreativos e a producao de citocinas. Por sua vez, a PD-1, estimulada por antígenos, atenua a sinalizacao dos receptores de linfócitos T (TCR - T-cell receptor). A quantidade de expressao de PD-1 e o grau de envolvimento entre essa proteína e seus ligantes regulam o limiar de ativacao dos linfócitos Tea quantidade de citocinas produzidas.18,19 A deficiencia de PD-1 em ratos leva ao desenvolvimento de doencas autoimunes espontaneas, o que sinaliza uma funcao essencial de PD-1 nos mecanismos de tolerancia.20-23
rev bras reumatol. 201 5;xxx(xx):xxx-xxx
Tabela 1 - Caraterísticas dos pacientes com lúpus eritematoso sistemico (LES), artrite reumatoide (AR) e controles do sul do Brasil
LES AR Controles
Feminino (%) 92 (96,84) 75 (86,21) 123 (96,09)
Idade média (DP) 37,35 (±12,16) 54,42 (±13,33) 47,38 (±15,04)
DP, desvio padräo.
A proteína PD-1 é codificada pelo gene codificado pelo gene PDCD1, localizado no locus 2q37.3. Entre os SNPs encontrados nessa regiao, o PD1.3G/A (rs11568821) representa um polimorfismo potencialmente funcional relacionado com a regulacao da transcricao de PD-1.24 O alelo PD1.3A altera o sitio de ligacao do fator de transcricao RUNX1 (ou AML1), localizado na regiao ativadora do íntron 4, o que poderia levar a expressao aberrante da proteína e sugerir um mecanismo para a quebra da autotolerancia. Estudos de associacao25,26 correlacionaram a presencia do alelo PD1.3A com o LES em populares mexicanas e escandinavas25 e com o diabetes mellitus tipo 1 e AR na Dinamarca e na Suécia, respectivamente.26,27 No entanto, algumas populares da Ásia sao nao polimórficas para essa regiao genomica e apresentam apenas o alelo PD1.3G.28-30 Isso enfatiza a diversidade de frequencias alélicas entre as populares e apoia a necessidade de estudar a associacao desse polimorfismo em outras localidades. No Brasil, tres estudos avaliaram as frequencias do polimorfismo PD1.3. Um deles foi feito em pacientes com penfigo foliáceo (também uma doenca autoimune),31 outro foi feito com trabalhadores expostos a sílica32 e o terceiro foi uma coorte de pacientes com doenca de Chagas33 e demonstraram a presenca de ambos os alelos nessa populacao. Assim, por meio deste estudo, pretende-se avaliar a frequencia do polimorfismo PD1.3 em uma populacao do sul do Brasil e sua relacao com a suscepti-bilidade ao LES e a AR.
Métodos
Participaram deste estudo 95 pacientes com LES, 87 com AR e 128 individuos controle, depois de obtido o consentimento informado de todos os pacientes e controles. Este estudo foi aprovado pelo Comité de Ética da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (CEP/UFSC - número do processo 172/06). As mulheres representavam 96,84% dos pacientes com LES, 86,10% dos pacientes com AR e 96,09% dos controles. A idade média dos pacientes com LES foi de 37,35 ± 12,16 anos, dos pacientes com AR foi de 54,42 ±13,33 anos e do grupo controle foi de 47,38 ± 15,04 anos (tabela 1). Os pacientes foram admitidos no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de Sao Thiago, Florianópolis, Brasil, de 2007 a 2009, e diagnosticados de acordo com os critérios do American College of Rheumatology de 1987. O grupo controle foi composto por volun-tários saudáveis, sem antecedentes pessoais ou familiares de doencas autoimunes. Os dados familiares, epidemiológicos e clínicos dos individuos foram obtidos por meio de questioná-rios e prontuários médicos. Com relacao aos dados clínicos, avaliaram-se os prontuários médicos dos pacientes com LES á procura de artrite, fotossensibilidade, fenómeno de Raynaud e nefrite, que eram as manifestacoes clínicas recorrentes nesse
grupo. Nos pacientes com AR, considerou-se a positividade de fator reumatoide (FR) (> 20 UI/mL) e os níveis de proteína C--reativa (PCR) acima do valor de referencia (> 5 mg/L) como os dados clínicos a serem associadas com os alelos.
Foram coletadas amostras de sangue dos pacientes com LES e AR e dos individuos do grupo controle. Foi extraído DNA com a técnica de fenol-clorofórmio.34 O alelo PD1.3A (PDCD1) foi detectado por polimorfismo de fragmentos de restricao com a reacao em cadeia da polimerase (PCR -RFLP).35 O pro-duto de PCR de 180 pb foi digerido pela endonuclease de restricao PstI (BioLabs Inc., Nova Inglaterra), de acordo com as instrucoes do fabricante. Todos os experimentos foram feitos com controles internos negativos e positivos previamente genotipados no Laboratório de Genética Molecular Humana -UFPR. O produto da digestao foi corado com solucao GelRed® e submetido a eletroforese em um gel de agarose a 3%. O DNA foi visualizado com um sistema de fotodocumentacao de gel (MiniBISPro DNR). O genótipo foi classificado de acordo com o tamanho dos fragmentos gerados (GG -180 pb; GA - 180 pb, 150 pb e 30 pb; AA -150 pb e 30 pb).
O equilibrio de Hardy-Weinberg (EHW) foi analisado com o teste de x2. As frequencias alélicas e genotipicas foram estimadas pela contagem direta. As frequencias alélicas e genotipicas foram comparadas entre os pacientes e controles pelo teste exato de Fisher, com o programa SPSS (versao 20.0; SPSS Inc., Chicago, IL). Esse programa também foi usado para calcular a odds ratio (OR), a fim de determinar a associacao do alelo PD1.3A com as doencas estudadas, bem como sua associacao com os fatores de mau prognóstico de pacientes com LES e AR. Adotou-se um valor de p = 0,05 como o limite de significancia para todos os testes.
Resultados
As frequencias alélicas e genotipicas do polimorfismo PD1.3 encontradas entre os grupos sao mostradas na tabela 2. A distribuicao dos genótipos no grupo controle estava em EHW (x2(1) = 2,24, p = 0,13), mas as distribuicoes observadas nos pacientes com LES e AR nao estavam (x2 (1) = 6,60, p = 0,01 para LES e x2 (1) = 9,02, p < 0,001 para AR). No entanto, nao foi encontrada associacao entre os alelos ou genótipos e as duas doencas (p> 0,05) (tabela 2).
Entre os pacientes com LES, 49,5% tinham artrite, 40% queixavam-se de fotossensibilidade, 15,8% experimentavam o fenómeno de Raynaud e 30,5% apresentavam comprome-timento renal. Foi analisada a associacao entre esses fatores clinicos e os alelos PD1.3 e genótipos, mas nao foram encontrados resultados significativos (tabela 3).
Menos da metade dos pacientes com AR (46,15%) apre-sentou alto nivel de PCR e 66,67% tiveram FR positivo. No entanto, esses fatores nao estavam associados a presenca do alelo PD1.3A em homozigose ou heterozigose (tabela 3).
Discussáo
Pela primeira vez no Brasil considerou-se o gene PDCD1 como um candidato a suscetibilidade ao lúpus eritematoso sistemico (LES) e a artrite reumatoide (AR). Testaram-se as associacoes entre o SNP PD1.3A e manifestacoes clinicas e
ARTICLE IN PRESS
4 rev bras reumatol. 2015;xxx(xx):xxx-xxx
Tabela 2 - Frequencias alélicas e genotípicas do polimorfismo PD1.3 em pacientes com lúpus eritematoso sistemico (LES), artrite reumatoide (AR) e controles. Foram calculados os valores do equilibrio de Hardy Weinberg (EHW) para a distribuicao genotípica e a análise da associacao entre as doencas e o polimorfismo PD1.3 (G/A) em amostras de pacientes e controles nao afetados da populacao brasileira
LES n = 95 p AR n = 87 p Controles n = 128
Alelo G 0,905 Alelo A 0,095 GG 0,842 GA 0,126 AA 0,032 EHW (ualor de p) x2 (1) = 6,60 (0,010) (Ref.) 0,661 (Ref.) 0,940 0,755 0,885 (Ref.) 0,115 0,364 0,816 (Ref.) 0,138 0,715 0,046 0,206 X2 (i) = 9,02 (<0,001) 0,922 0,078 0,859 0,125 0,016 X2 (1) = 2,24 (0,130)
X2 (valor de qui-quadrado), p < 0,05 nao foi considerado em EHW.
laboratoriais. Nao foram encontrados resultados estatistica-mente significativos.
Uma vez que as frequencias genotípicas dos pacientes com LES e AR nao estavam em equilibrio de Hardy-Weinberg (tabela 3) e divergiram do grupo controle, foi investigada uma associacao putativa com essas doencas. O frequencia do genotipo AA foi muito baixa em todos os grupos (0,032 no grupo de pacientes com LES, 0,046 no de AR e 0,016 nos controles), como mostrado por outros estudos caso-controle em diferentes populacoes, em que as frequencias AA foram todas abaixo de 0,05.31'33'35"44 No entanto, uma coorte iraniana mostrou frequencias genotípicas AA de 0,20 nos controles e 0,44 em pacientes com cáncer colorretal (CCR) e revelou, assim, uma associacao entre esse genotipo e o CCR (p = 0,00 05).45 No Brasil, a frequencia do genotipo AA também foi baixa em tres coortes diferentes, em que foram estudados pacientes com doenca de Chagas (0,03 e 0,01 nos controles), penfigo foliáceo33 (0,007 e 0,01 nos controles)31 e chegaram a 0% em um grupo de trabalhadores expostos a sílica (0,03 nos controles).32 Curiosamente, algumas populacoes carregam o alelo menor, mas nao foi encontrada descricao de homozigose. Foram encontrados apenas indivíduos GG e AG. No entanto, em nosso estudo, os genotipos analisados nao apresentaram valor de OR com diferenca estatisticamente significativa quando considerado o risco de desenvolvimento de LES ou AR.35,46-48
As associacoes do alelo PD1.3A com o desenvolvimento de doencas tem sido cada vez mais investigadas, nao só
nos pacientes com LES e AR,25,26,28,29,35"37,46,49"55 mas também em outras doencas inflamatorias crónicas e autoimunes, como o diabetes mellitus tipo I (DM1),27,38,42 a doenca de Graves e Addison,39 a espondilite anquilosante44 e a miastenia grauis,41 bem como em outras condicoes como CCR45 e trabalhadores expostos a sílica (tabela 4).32 A frequencia do alelo PD1.3A difere amplamente entre as populacoes em todo o mundo. Tres estudos chineses que estudaram a relacao entre a AR e a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada nao encontraram variacao alélica na populacao analisada.28,30,55 Isso também foi observado no Japao, em um estudo semelhante.29 Estudos europeus mostraram a presenca do polimorfismo PD1.3, embora a associacao com doencas varie entre os estudos. Uma associacao do PD1.3A com o LES foi demonstrada por Prokunina et al.25,26 em mulheres europeias e mexicanas e por Ferreiros-Vidal et al.51 em pacientes com LES da Alema-nha, República Checa e Hungria. No entanto, Ferreiros-Vidal et al. mostraram previamente uma reversao de padroes em uma coorte espanhola, com diminuicao do risco de desenvolvimento de LES em portadores do PD1.3A.50 Pacientes com AR também foram genotipados para o polimorfismo rs11568821 no gene PDCD1 por alguns grupos28,29,36,55 e, como mencionado anteriormente, coortes chinesas e japonesas apresentavam apenas o alelo PD1.3G. Um estudo sueco foi o único a apresentar dados sobre a AR e o polimorfismo rs11568821 no gene PDCD1, mas nao foi demonstrada associacao entre a doenca e o alelo ou genotipos.36 No entanto,
Tabela 3 - Caraterísticas clínicas presentes nos pacientes com lúpus eritematoso sistemico (LES) e artrite reumatoide (AR), e sua associacao com o polimorfismo PD1.3
Pacientes com LES n (%) Valor de p associado
Alelo (A) AA AA + AG
Artrite 47 (49,5) 0,963 0,553 0,752
Fotossensibilidade 38 (40) 0,312 0,361 0,294
Fenómeno de Reynaud 14(15,8) 0,570 0,827 0,777
Transtorno renal 29(30,5) 0,786 0,440 0,388
Pacientes com AR n (%) Valor de p associado
Alelo (A) AA AA + AG
FR 50(66,67) 0,122 0,291 0,302
PCR 36(46,15) 0,910 0,874 0,965
FR, fator reumatoide; PCR, proteína C-reativa.
rev bras reumatol. 201 5;xxx(xx):xxx-xxx
Tabela 4 - Frequencias alélicas de PD1.3A (rs11568821) encontradas por diferentes estudos
Populafáo Doenga estudada Frequencias PD1.3A % OR (IC 95%) Estudo
Controles Pacientes
Sueca LES 8 11,0 1,44 (0,93-2,23) Prokunina et al. 2002
Mexicana LES 2,0 7 3,23 (1,46-7,16)b Prokunina et al. 2002
Dinamarquesa DM1 6,8 12,2 1,92 (1,1-3,3)b Nielsen et al. 2003
Espanhola LES 12,9 9,4 0,70 (0,54-0,90)b Ferreiros-Vidal et al. 2004
Dinamarquesa LES 6,8 11,6 1,80 (0,96-3,4) Nielsen et al. 2004
Europeia (mulheres) LES 7 11,0 1,60 (1,17-2,18)b Prokunina et al. 2004a
Sueca AR 7,3 8,5 1,18 (0,99-1,4) Prokunina et al. 2004b
Afro-americana LES 10,0 5 2,19 (0,54-8,85) Sanghera et al. 2004
(mulheres)
Americana de origem LES 11,0 13,0 1,23 (0,87-1,73) Sanghera et al. 2004
europeia (mulheres)
Norte da Suécia LES 5,6 7,3 1,35 (0,90-2,02) Johansson et al. 2005
Chinesa de Hong Kong AR 0 0 N/D Kong et al. 2005
Finlandesa LES 6 3,0 0,50 (0,20-1,26) Sigurdsson et al. 2005
Sueca LES 9 9 1,00 (0,68-1,45) Sigurdsson et al. 2005
Mato Grosso do Sul - Penfigo foliáceo 9,6 5,8 0,58 (0,33-1,03) Braun-Prado & Petzel-Erler 2007
Brasil
CEUa LES 8,1 17,1 2,35 (1,1-4,9)b Ferreiros-Vidal et al. 2007
Italianaa LES 10,7 18,7 1,92 (0,9-3,9) Ferreiros-Vidal et al. 2007
Grega LES 10,6 12,7 1,22 (0,8-1,8) Ferreiros-Vidal et al. 2007
Japonesa AR 0 0 N/D Iwamoto et al. 2007
Británica Doenga de Graves 88,4 89,7 1,13 (0,85-1,50) Sutherland et al. 2007
Norte-americana LES 4,7 7,2 1,59 (0,78-3,23) Thorburn et al. 2007
Mexicana LES de início na infáncia 2,0 5,2 2,73 (1,35-5,56) Velazquez-Cruz et al. 2007
Norte-americana Cirrose biliar primária 11,7 12,5 1,08 (0,74-1,57) Juran et al. 2008
Sueca MGH autoimune 8,5 10,8 1,32 (0,74-2,35) Sakthivel et al. 2008
Francesa Infecgáo por CMV depois de 12,9 12,8 1,38 (0,90-2,11) Hoffmann et al. 2009
transplante de rim
Chinesa (Han) Síndrome de Vogt 0 0 N/D Meng et al. 2009
Koyanagi-Harada
Caucasiana polonesa DM1 12,9 13,5 1,05 (0,71-1,55) Fichna et al. 2010
Iraniana Espondilite anquilosante 11,2 9,3 0,81 (0,48-1,34) Soleimanifar et al. 2010
Mexicana Hipersensibilidade 3,8 6,1 1,65 (0,59-4,75) ZUniga et al. 2010
Pneumonite
Caucasiana polonesa Urticária crónica 10,0 10,0 0,97 (0,51-1,86) Brzoza, et al. 2012
Brasileira Trabalhadores expostos á 13,3 4,3 0,29 (0,10 - 0,88)b Rocha et al. 2012
sílica
Afro-americana LES 2,0 2,6 1,31 (0,94-1,81) Sanchez et al. 2012
Brasileira Doenga de Chagas 10,0 9 0,90 (0,61-1,33) Dias et al. 2013
Alema Receptores de transplante 12,5 10,0 0,78 (0,46-1,33) Thude et al. 2013
de fígado
Iraniana Cáncer colorretal 40,5 60,6 2,27 (1,50-3,44)b Yousefi et al. 2013
Chinesa (Han) AR 0 0 N/D Liu et al. 2014
OR, odds ratio; IC, intervalo de confianza; LES, lúpus eritematoso sistemico; AR, artrite reumatoide; DM1, diabetes tipo 1; ND, náo disponível;
MGH, miastenia gravis humana.
a Colegao de amostras europeias coletadas na Alemanha, República Checa e Hungria foram agrupadas como CEU; amostras de Milao, Roma e
Nápoles foram agrupadas como Itália; amostras da Grécia foram apresentadas isoladamente (tal como apresentado por Ferreiros-Vidal et al.,
2007).
b p <0,05 estatisticamente significativos.
o mesmo grupo mostrou uma associacao entre o PD1.3A e pacientes com AR com FR negativo. No presente estudo, nao foi possível encontrar qualquer associacao entre a presenca de FR ou altos níveis de PCR e os alelos ou genotipos investigados.
Os pacientes com LES foram também indagados quanto a manifestares clínicas como artrite, fotossensibilidade, fenómeno de Raynaud e envolvimento renal. No entanto, nao foi encontrada associacao entre os alelos PD1.3 ou genotipos e essas manifestares. Thorburn et al.53 avaliaram o papel de quatro SNPs do PDCD1 (PD1.1A, PD1.3A, PD1.5T e PD1.6A) e
a nefrite, artrite, anticorpo antifosfolípide (APA) do LES e a positividade para DNA de cadeia dupla e nao encontraram associacao entre o alelo PD1.3A e seu haplótipo associado e qualquer fenotipo clínico. A ocorrencia de APA em pacientes com LES também foi analisada por Sanghera et al.35 e reve-lou uma protecao dos portadores de PD1.3A contra o APA tanto no LES (OR = 0,57; IC 95%: 0,32-1,01) quanto nos controles (OR = 0,40; IC 95%: 0,19-0,82). Prokunina et al.,26 Johansson et al.37 e Nielsen et al.49 avaliaram as manifestares renais em pacientes com LES. O primeiro e o segundo estudos mostraram
ARTICLE IN PRESS
rev bras reumatol. 2015;xxx(xx):xxx-xxx
uma associaçâo entre o alelo PD1.3A e os transtornos renais em pacientes com LES da Suécia (OR = 2,6; IC 95%: 1,4-4,8, e OR = 2,62; IC 95%: 1,28-5,35, respectivamente); o terceiro nao encontrou associacao entre a nefropatia lúpica e o alelo menor do PD1.3. Quanto à AR, nem o FR nem a PCR estive-ram associados à presencia do alelo PD1.3A em homozigose ou heterozigose, ao contrário do que foi encontrado por Pro-kunina et al.26
Embora estudos mostrem a associacao entre o polimorfismo PD1.3 G/A e a AR, LES e outras doencas autoimunes e suas manifestares clínicas, nosso estudo nao encontrou diferencas em portadores de alelos menores entre pacientes com AR e LES e controles nem manifestares das doencas.
Financiamento
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundacao de Apoio à Pesquisa Científica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Conflitos de interesse
Os autores declaram nao haver conflitos de interesse. Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer especialmente aos pacientes pela sua cooperacao e paciencia e a todos os colegas que contribuíram direta ou indiretamente para este traba-lho. Agradecemos também à gentileza da Profa. Dra. Maria Luiza Petzel-Erler, chefe do Laboratório de Genética Molecular Humana - UFPR, por compartilhar seus controles de genótipos.
referencias
1. Goldblatt F, O'Neill SG. Clinical aspects of autoimmune rheumatic diseases. Lancet. 2013 Aug 31;382(9894):797-808.
2. Wahren-Herlenius M, DörnerT. Immunopathogenic mechanisms of systemic autoimmune disease. Lancet. 2013 Aug 31;382(9894):819-31.
3. Grammatikos AP, Tsokos GC. Immunodeficiency and autoimmunity: lessons from systemic lupus erythematosus. Trends Mol Med. 2012;18(2):101-8.
4. Ahearn JM, Liu C-C, Kao AH, Manzi S. Biomarkers for systemic lupus erythematosus. Transl Res Mosby, Inc. 2012;159(4):326-42.
5. Murphy G, Lisnevskaia L, Isenberg D. Systemic lupus erythematosus and other autoimmune rheumatic diseases: challenges to treatment. Lancet. 2013 Aug 31;382(9894):809-18.
6. Klareskog L, Catrina AI, Paget S. Rheumatoid arthritis. Lancet. 2009;373(9664):659-72.
7. Bax M, van Heemst J, Huizinga TWJ, Toes REM. Genetics of rheumatoid arthritis: what have we learned? Immunogenetics. 2011;63(8):459-66.
8. da Mota LMH, dos Santos Neto LL, Burlingame R, Menard Ha, Laurindo IMM. Laboratory characteristics of a cohort of patients with early rheumatoid arthritis. Rev Bras Reumatol. 2010;50(4):375-88.
9. Rhodes B, Fürnrohr BG, Vyse TJ. C-reactive protein in rheumatology: biology and genetics. Nat Rev Rheumatol Nature Publishing Group. 2011;7(5):282-9.
10. Nielsen S, Bojesen S. Elevated rheumatoid factor and long term risk of rheumatoid arthritis: a prospective cohort study BMJ Br Med;. 2012;5244(September):1-9.
11. Goldman K, Gertel S, Amital H. Anti-citrullinated peptide antibodies is more than an accurate tool for diagnosis of rheumatoid arthritis. Isr Med Assoc J. 2013;15(9):516-9.
12. Habash-Bseiso DE, Yale SH, Glurich I, Goldberg JW. Serologic testing in connective tissue diseases. Clin Med Res. 2005;3(3):190-3.
13. van Gaalen Fa, Linn-Rasker SP, van Venrooij WJ, de Jong Ba, Breedveld FC, Verweij CL, et al. Autoantibodies to cyclic citrullinated peptides predict progression to rheumatoid arthritis in patients with undifferentiated arthritis: a prospective cohort study. Arthritis Rheum. 2004;50(3):709-15.
14. de Souza AWS, Mesquita Júnior D, Araújo JAP, Catelan TTT, Cruvinel Wde M, Andrade LEC, et al. Immune system: part III. The delicate balance of the immune system between tolerance and autoimmunity. Rev Bras Reumatol. 2010;50(6):665-79.
15. Thangavelu G, Smolarchuk C, Anderson CC. Controlling the effectors or controlling the controllers? Co-inhibitory molecules. 2010;(June):77-88.
16. Thangavelu G, Parkman JC, Ewen CL, Uwiera RRE, Baldwin TA, Anderson CC. Programmed death-1 is required for systemic self-tolerance in newly generated T cells during the establishment of immune homeostasis. J Autoimmun. 2011 May;36(3-4):301-12.
17. Kroner A, Mehling M, Hemmer B, Rieckmann P, Toyka KV, Mäurer M, et al. PD-1 polymorphism is associated with disease progression in multiple sclerosis. Ann Neurol. 2005;58(1):50-7.
18. Sharpe AH, Wherry EJ, Ahmed R, Freeman GJ. The function of programmed cell death 1 and its ligands in regulating autoimmunity and infection. Nat Immunol. 2007;8(3):239-45.
19. Wei F Zhong S, Ma Z, Kong H, Medvec A, Ahmed R, et al. Strength of PD-1 signaling differentially affects T-cell effector functions. Proc Natl Acad Sci USA. 2013 Jul 2;110(27): E2480-9.
20. Nishimura H, Minato N, Nakano T, Honjo T. Immunological studies on PD-1 deficient mice: implication of PD-1 as a negative regulator for B cell responses. Int Immunol. 1998;10(10):1563-72.
21. Nishimura H, Nose M, Hiai H, Minato N, Honjo T. Development of lupus-like autoimmune diseases by disruption of the PD-1 gene encoding an ITIM motif-carrying immunoreceptor Immunity. 1999;11(2):141-51.
22. Nishimura H, Honjo T. PD-1: an inhibitory immunoreceptor involved in peripheral tolerance. Trends Immunol. 2001;22(5):265-8.
23. Zhang J, Braun MY. PD-1 deletion restores susceptibility to experimental autoimmune encephalomyelitis in miR-155-deficient mice. Int Immunol. 2014;28(23):1-9.
24. Bertsias GK, Nakou M, Choulaki C, Raptopoulou A, Papadimitraki E, Goulielmos G, et al. Genetic, immunologic, and immunohistochemical analysis of the programmed death 1/programmed death ligand 1 pathway in human systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum. 2009;60(1):207-18.
25. Prokunina L, Castillejo-López C, Oberg F, Gunnarsson I, Berg L, Magnusson V,et al. A regulatory polymorphism in PDCD1 is associated with susceptibility to systemic lupus erythematosus in humans. Nat Genet. 2002;32(4):666-9.
26. Prokunina L, Gunnarsson I, Sturfelt G, Truedsson L, Seligman VA, Olson JL, et al. The systemic lupus
erythematosus-associated PDCD1 polymorphism PD1.3A in lupus nephritis. Arthritis Rheum. 2004;50(1):327-8.
rev bras reumatol. 201 5;xxx(xx):xxx-xxx
27. Nielsen C, Hansen D, Husby S, Jacobsen BB, Lillevang ST. Association of a putative regulatory polymorphism in the PD-1 gene with susceptibility to type 1 diabetes. Tissue Antigens. 2003;62(6):492-7.
28. Kong EK-P, Prokunina-Olsson L, Wong WH-S, Lau C-S, Chan T-M, Alarcon-Riquelme M, et al. A new haplotype of PDCD1 is associated with rheumatoid arthritis in Hong Kong Chinese. Arthritis Rheum. 2005 Apr;52(4):1058-62.
29. Iwamoto T, Ikari K, Inoue E, Toyama Y,Hara M, Yamanaka H, et al. Failure to confirm association between PDCD1 polymorphisms and rheumatoid arthritis in a Japanese population. J Hum Genet. 2007;52(6):557-60.
30. Meng Q, Liu X, Yang P, Hou S, Du L, Zhou H, et al. PDCD1 gene may protect against extraocular manifestations in Chinese Han patients with Vogt-Koyanagi-Harada syndrome. Mol Vis. 2009;15:386-92.
31. Braun-Prado K, Petzl-Erler ML. Programmed cell death 1 gene (PDCD1) polymorphism and pemphigus foliaceus (fogo selvagem) disease susceptibility. 2007; 321:314-21.
32. Rocha MC, Santos LMB, Bagatin E, Cohen Tervaert JW, Damoiseaux JGMC, Lido AV, et al. Genetic polymorphisms and surface expression of CTLA-4 and PD-1 on T cells of silica-exposed workers. Int J Hyg Environ Health Elsevier GmbH;. 2012;215(6):562-9.
33. Dias FC, Medina TDS, Mendes-Junior CT, Dantas RO, Pissetti CW, Rodrigues Junior V,et al. Polymorphic sites at the immunoregulatory CTLA-4 gene are associated with chronic Chagas disease and its clinical manifestations. PLoS One. 2013;8(10):e78367.
34. Sambrook J, Russel DW. Molecular cloning: a laboratory manual. 3 rd ed. New York: Cold Spring Harbor Laboratory Press; 2001.
35. Sanghera DK, Manzi S, Bontempo F Nestlerode C, Kamboh MI. Role of an intronic polymorphism in the PDCD1 gene with the risk of sporadic systemic lupus erythematosus and the occurrence of antiphospholipid antibodies. Hum Genet. 2004;115(5):393-8.
36. Prokunina L, Padyukov L, Bennet A, de Faire U, Wiman B, Prince J, et al. Association of the PD-1.3A allele of the PDCD1 gene in patients with rheumatoid arthritis negative for rheumatoid factor and the shared epitope Arthritis Rheum. 2004;50(6):1770-3.
37. Johansson M, Arlestig L, Möller B, Rantapää-Dahlqvist S. Association of a PDCD1 polymorphism with renal manifestations in systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum. 2005;52(6):1665-9.
38. Cooper JD, Smyth DJ, Bailey R, Payne F, Downes K, Godfrey LM, et al. The candidate genes TAF5L, TCF7, PDCD1, IL6 and ICAM1 cannot be excluded from having effects in type 1 diabetes. BMC Med Genet. 2007;8:71.
39. Sutherland A, Davies J, Owen CJ, Vaikkakara S, Walker C, Cheetham TD, et al. Genomic polymorphism at the interferon-induced helicase (IFIH1) locus contributes to graves' disease susceptibility. J Clin Endocrinol Metab. 2007;92(8):3338-41.
40. Juran BD, Atkinson EJ, Schlicht EM, Fridley BL, Petersen GM, Lazaridis KN. Interacting alleles of the coinhibitory immunoreceptor genes cytotoxic T- lymphocyte antigen 4 and programmed cell-death 1 influence risk and fea- tures of primary biliary cirrhosis. Hepatology. 2008;47:563-70.
41. Sakthivel P, Ramanujam R, Wang XB, Pirskanen R, Lefvert AK. Programmed Death-1: from gene to protein in autoimmune human myasthenia gravis. J Neuroimmunol. 2008;193(1-2):149-55.
42. Hoffmann TW, Halimi J-M, Büchler M, Velge-Roussel F, Goudeau A, Al-Najjar A, et al. Association between a polymorphism in the human programmed death-1 (PD-1) gene and cytomegalovirus infection after kidney transplantation. J Med Genet. 2010;47(1):54-8.
43. Fichna M, Zurawek M, Januszkiewicz-Lewandowska D, Fichna PNowak J. PTPN22, PDCD1 and CYP27B1 polymorphisms and susceptibility to type 1 diabetes in Polish patients. Int J Immunogenet. 2010;37(5):367-72.
44. Soleimanifar N, Amirzargar AA, Mahmoudi M, Pourfathollah AA, Azizi E, Jamshidi AR, et al. Study of programmed cell death 1 (PDCD1) gene polymorphims in Iranian patients with ankylosing spondylitis. Inflammation. 2011;34(6):707-12.
45. Yousefi A, Karimi M. PD-1 gene polymorphisms in Iranian patients with colorectal cancer. Lab Medicine. 2013;44(3):241-4.
46. Velázquez-Cruz R, Orozco L, Espinosa-Rosales F, Carreño-Manjarrez R, Solís-Vallejo E, López-Lara ND, et al. Association of PDCD1 polymorphisms with childhood-onset systemic lupus erythematosus. Eur J Hum Genet. 2007;15(3):336-41.
47. Zúñiga J, Torres-García D, Jimenez L, Ramírez-Martínez G, Juárez-Nicolás F, Mujica F, et al. PDCD1 gene polymorphisms in different Mexican ethnic groups and their role in the susceptibility to hypersensitivity pneumonitis. Clin Biochem Elsevier BV. 2010;43(10-11):929-31.
48. Brzoza Z, Grzeszczak W,Trautsolt W,Moczulski D. Lack of association of programmed cell death 1 gene (PDCD1) polymorphisms with susceptibility to chronic urticaria in patients with positive autologous serum skin test. J Investig Allergol Clin Immunol. 2012;22(6):432-6.
49. Nielsen C, Laustrup H, Voss A, Junker P, Husby S, Lillevang ST. A putative regulato^ polymorphism in PD-1 is associated with nephropathy in a population-based cohort of systemic lupus erythematosus patients. Lupus. 2004;13(7):510-6.
50. Ferreiros-Vidal I, Gomez-Reino JJ, Barros F Carracedo A, Carreira P,Gonzalez-Escribano F et al. Association of PDCD1 with susceptibility to systemic lupus erythematosus: evidence of population-specific effects. Arthritis Rheum. 2004;50(8):2590-7.
51. Ferreiros-Vidal I, D'Alfonso S, Papasteriades C, Skopouli FN, Marchini M, Scorza R, et al. Bias in association studies of systemic lupus erythematosus susceptibility due to geographical variation in the frequency of a programmed cell death 1 polymorphism acros Europe. Genes Immun. 2007;8(2):138-46.
52. Sigurdsson S, Nordmark G, Göring HH, Lindroos K, Wiman AC, Sturfelt G, et al. Polymorphisms in the tyrosine kinase 2 and interferon regulatory factor 5 genes are associated with systemic lupus erythematosus. Am J Hum Genet. 2005;76(3):528-37.
53. Thorburn C, Prokunina-Olsson L. Association of PDCD1 genetic variation with risk and clinical manifestations of systemic lupus erythematosus in a multiethnic cohort. Genes. 2007;8(4):279-87.
54. Sánchez E, Comeau ME, Freedman BI, Kelly Ja, Kaufman KM, Langefeld CD, et al. Identification of novel genetic susceptibility loci in African American lupus patients in a candidate gene association study. Arthritis Rheum. 2011;63(11):3493-501.
55. Liu C, Jiang J, Gao L, Hu X, Wang F, Shen Y et al. A promoter region polymorphism in PDCD-1 gene is associated with risk of rheumatoid arthritis in the han Chinese population of southeastern China. Int J Genomics. 2014;2014:247637.