Scholarly article on topic 'Ocorrência de quedas e sua associação com testes físicos, capacidade funcional e aspectos clínicos e demográficos em pacientes com artrite reumatoide'

Ocorrência de quedas e sua associação com testes físicos, capacidade funcional e aspectos clínicos e demográficos em pacientes com artrite reumatoide Academic research paper on "Educational sciences"

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Academic journal
Revista Brasileira de Reumatologia
OECD Field of science
Keywords
{"Artrite reumatoide" / "Acidentes por quedas" / "Equilíbrio postural" / "Testes de aptidão" / "Rheumatoid arthritis" / "Accidental falls" / "Postural balance" / "Aptitude tests"}

Abstract of research paper on Educational sciences, author of scientific article — Mariana de Almeida Lourenço, Izabela Roma, Marcos Renato de Assis

Resumo Objetivo Avaliar a ocorrência de quedas reportadas por pacientes com artrite reumatoide (AR) e sua associação com a atividade da doença, capacidade funcional e aptidão física. Material e métodos Estudo transversal com uma amostra de 97 pacientes com AR em Marília (SP), entre 2012 e 2013. Foram usados instrumentos validados na população brasileira para avaliar capacidade física e funcional. Análise dos dados com estatística descritiva, correlações de Spearman e qui‐quadrado, considerado p<0,05. Resultados Dos pacientes, 88% eram mulheres, média de 56, anos (± 11,7), duração mediana da AR de 10 anos (P25=6 e P75=17) e média da atividade da doença 3,6 (± 1,3). Nos últimos 12 meses, 37,1% tiveram pelo menos uma queda (total 52 episódios), 74,2% relataram medo de cair, porém sem associação com a ocorrência de quedas (χ2 =1,19, p=0,27). Sexo, quantidade de medicamentos, idade, atividade da doença, duração da AR, capacidade funcional e testes físicos não estão associados com história de queda no último ano. Conclusões Observou‐se que a ocorrência de quedas e o medo de cair é frequente nessa população. A ocorrência de quedas nessa amostra de pacientes com AR não está relacionada à atividade da doença, à capacidade funcional e a testes de aptidão física. Abstract Objective To evaluate the occurrence of falls reported by rheumatoid arthritis patients and its relation to disease activity, functional capacity and physical fitness. Material and methods A cross-sectional study constituted by a sample of 97 rheumatoid arthritis patients from the city of Marília (SP) from 2012 to 2013, were assessed for disease activity. Instruments validated for Brazilian population in order to evaluate physical and functional capacity were used. Data analysis was carried out with descriptive statistics, Spearman correlation and Chi-squared test, considering p <0.05. Results 88.7% were female subjects with a mean age of 56 (±11.7) years. The median duration of rheumatoid arthritis was 10 years (P25=6 and P75=17) and the mean of disease activity was 3.6 (±1.3), what was considered a moderate activity. In the last 12 months 37.1% of patients experienced at least one fall, with a total of 52 episodes, and fear of falling was reported by 74.2% of them, but this was not associated to the occurrence of a fall (χ 2 =1.19, p =0.27). Gender, number of medications, age, disease activity, duration of rheumatoid arthritis, functional capacity, and physical tests showed no associations with history of falls in the past year. Conclusion It was observed that the occurrence of falls and the fear of falling are quite common in this population. The occurrence of falls in this sample of rheumatoid arthritis patients bears no relation to disease activity, functional capacity, or physical fitness tests.

Academic research paper on topic "Ocorrência de quedas e sua associação com testes físicos, capacidade funcional e aspectos clínicos e demográficos em pacientes com artrite reumatoide"

ARTICLE IN PRESS

rev bras reumatol. 2016;xxx(xx):xxx-xxx

REVISTA BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA

www.reumatologia.com.br

Artigo Original

Ocorréncia de quedas e sua associacao com testes físicos, capacidade funcional e aspectos clínicos e demográficos em pacientes com artrite reumatoide

Mariana de Almeida Lourengoa'*, Izabela Romab e Marcos Renato de Assisb

a Universidade Estadual Paulista (Unesp), Sao Paulo, SP, Brasil b Faculdade de Medicina de Marília (Famema), Marília, SP, Brasil

informaqoes sobre o artigo r e s u m o

Histórico do artigo: Objetivo: Avaliar a ocorréncia de quedas reportadas por pacientes com artrite reumatoide

Recebido em 25 de agosto de 2015 (AR) e sua associacao com a atividade da doenca, capacidade funcional e aptidao física.

Aceito em 3 de agosto de 2016 Material e métodos: Estudo transversal com uma amostra de 97 pacientes com AR em Marí-

On-line em xxx lia (SP), entre 2012 e 2013. Foram usados instrumentos validados na populacao brasileira

para avaliar capacidade física e funcional. Análise dos dados com estatística descritiva, correlacoes de Spearman e qui-quadrado, considerado p<0,05.

Resultados:Dos pacientes, 88% eram mulheres, média de 56, anos (± 11,7), duracao mediana da AR de 10 anos (P25 = 6 e P75 = 17) e média da atividade da doenca 3,6 (± 1,3). Nos últimos 12 meses, 37,1% tiveram pelo menos uma queda (total 52 episodios), 74,2% relataram medo de cair, porém sem associacao com a ocorréncia de quedas (x2 = 1,19, p = 0,27). Sexo, quan-tidade de medicamentos, idade, atividade da doenca, duracao da AR, capacidade funcional e testes físicos nao estao associados com historia de queda no último ano. Conclusoes:Observou-se que a ocorréncia de quedas e o medo de cair é frequente nessa populacao. A ocorréncia de quedas nessa amostra de pacientes com AR nao está relacionada á atividade da doenca, a capacidade funcional e a testes de aptidao física.

© 2016 Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este e um artigo Open Access sob uma licenca CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Falls and their association with physical tests, functional capacity, clinical and demographic factors in patients with rheumatoid arthritis

abstract

Objective: To evaluate the occurrence of falls reported by rheumatoid arthritis (RA) patients and its relation to disease activity, functional capacity and physical fitness. Material and methods: A cross-sectional study constituted by a sample of 97 RA patients from the city of Marília (SP) from 2012 to 2013, were assessed for disease activity. Instruments validated for Brazilian population in order to evaluate physical and functional capacity were

Palavras-chave: Artrite reumatoide Acidentes por quedas Equilibrio postural Testes de aptidäo

Keywords:

Rheumatoid arthritis Accidental falls Postural balance Aptitude tests

* Autor para correspondencia. E-mail: maalmeida1@terra.com.br (M.A. Lourenco). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2016.08.003

0482-5004/© 2016 Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este e um artigo Open Access sob uma licenca CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

rev bras reumatol. 2016;xxx(xx):xxx-xxx

used. Data analysis was carried out with descriptive statistics, Spearman correlation and Chi-squared test, considering p < 0.05.

Results: 88.7% were female subjects with a mean age of56 (±11.7) years. The median duration of RA was 10 years (P25 = 6 e P75 = 17) and the mean of disease activity was 3.6 (±1.3), what was considered a moderate activity. In the last 12 months 37.1% of patients experienced at least one fall, with a total of 52 episodes, and fear of falling was reported by 74.2% of them, but this was not associated to the occurrence of a fall (x2 = 1.19, p = 0.27). Gender, number of medications, age, disease activity, duration of RA, functional capacity, and physical tests showed no associations with history of falls in the past year.

Conclusion:It was observed that the occurrence of falls and the fear of falling are quite common in this population. The occurrence of falls in this sample of RA patients bears no relation to disease activity, functional capacity, or physical fitness tests.

© 2016 Published by Elsevier Editora Ltda. This is an open access article under the CC BY-NC-ND license (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introdugao

A artrite reumatoide (AR) é uma doenca inflamatoria sistemica, autoimune, crónica, progressiva, de etiologia desco-nhecida, que pode levar a destruicao óssea e deformidades.1-3 Pacientes com AR podem apresentar fraqueza muscular, diminuicao da mobilidade, instabilidade postural, alteracoes de propriocepcao, equilibrio postural e marcha, que sao conhe-cidos fatores de risco para quedas.4-14

A ocorrencia de quedas tem sido reportada entre 14,3%7 a 54%5 em pacientes com AR. Essa margem grande pode ser justificada pela falta de critérios e padroes nos estudos, além da pouca quantidade de trabalhos que envolvem quedas e AR. Alguns estudos em pacientes com AR tem mostrado associacao de queda com maior atividade da doenca, reducao da capacidade funcional e testes de capacidade física e equilibrio.4'5'7-9'11'14-17

Os impactos das quedas atingem aspectos físicos, psicosso-ciais, económicos e familiares. Lesoes variam desde pequenas escoriacoes a fraturas, principalmente osteoporóticas (comor-bidade frequente em paciente com AR).5'7'9,11,15-17 Por se tratar de um evento frequente, a caracterizacao e identificacao de pacientes sao fundamentais para que se estabelecam programas e intervencoes específicas de prevencao nessa populacao.

Na populacao brasileira foi encontrado apenas um estudo, de Marques et al.,18 sobre quedas em pacientes com AR, o que mostra a falta de estudos nacionais que caracterizem esses pacientes. Em vista disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrencia de quedas em pacientes com AR e sua relacao com idade, duracao e atividade da doenca, testes de avaliacao física e capacidade funcional.

Material e métodos

O estudo foi aprovado pelo Comité de Ética em Pesquisa Envol-vendo Seres Humanos da Faculdade de Medicina de Marília (Famema) sob o protocolo n° 672/12. Todos os individuos rece-beram esclarecimentos verbais e por escrito e participaram do estudo após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Foi feito um corte transversal, com a amostra por conveniencia, composta por 97 pacientes de ambos os sexos com diagnóstico de AR acompanhados no Ambulatório de Reuma-tologia da Famema. Para cálculo do tamanho da amostra foi usada a seguinte fórmula19:

Zi_g/22P(1-P)

na qual:

- ZW2 = 1,96, para a = 0,05 (erro tipo I)

- P = proporcao esperada de quedas na populacao com AR, considerado 35% (valor intermediário entre os extremos de 15% e 55% encontrados na literatura existente).

- d = precisao de 10%

O tamanho da amostra obtida por essa fórmula seria 87 pacientes, acrescentamos 10% para compensar perdas e recusas, total de 96 pacientes, porém nao houve recusas.

Critérios de inclusao: a) diagnóstico de AR de acordo com os Critérios de Classificacao do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) de 1987 ou pelos Critérios Classificató-rios para AR de 2010 da ACR/Eular (European League Against Rheumatism)1'20'21; b) idade acima de 18 anos; c) capacidade física para executar os testes. Critérios de exclusao: a) déficit de compreensao que limitasse a entrevista; b) deficiencia visual ou auditiva acentuada.

Os pacientes foram avaliados por um médico reumatolo-gista (MRA.) para confirmacao do diagnóstico de AR, ocasiao em que foram feitas as mensuracoes de atividade da doenca. Foram submetidos a coleta de sangue feita por uma enfer-meira (IR) e após encaminhados para uma anamnese e entrevista específica de quedas, bem como aplicacao dos testes físicos, por uma fisioterapeuta (MAL).

Para identificacao das quedas ocorridas nos últimos 12 meses, foi usado um questionário elaborado pelos pesqui-sadores. A definicao adotada de queda foi deslocamento nao intencional do corpo para um nivel inferior a posicao inicial com incapacidade de correcao em tempo hábil, determinado por circunstancias multifatoriais que comprometessem a estabilidade.22 As perguntas visavam a ocorrencia e descricao das quedas considerando os últimos 12 meses (quantidade,

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local, motivo, horário, atividade desenvolvida, consequências e presenca de medo de cair).

Para avaliar a atividade da doenca foi usado o Disease Activity Score (DAS-28), que faz a contagem de articulates com dor e edema entre 28 articulates, a avaliacâo global da saúde pelo paciente obtida por meio de uma escala visual analógica (EVA) de 0 a 100 e a velocidade de hemossedimentacâo (VHS), determinada em milímetros por hora (mm/h) por meio da técnica de hemossedimentacâo feita no Hemocentro da Famema.23-26O Health Assessment Questionnaire (HAQ),27,28 validado no Brasil por Ferraz et al.,29 foi usado para avaliar capacidade funcional e os seguintes testes para capacidade física: a) Escala de Equilíbrio de Berg (Berg), proposta por Berg et al. em 1989 e validada no Brasil por Miyamoto,30 que avalia o equilibrio do individuo em 14 situares representativas do dia a dia30-32; b) Teste Timed Up and Go (TUG), proposto por Podsiadlo e Richardson em 1991, que avalia o equilíbrio sentado, a trans-ferência de sentado para posicâo em pé, a estabilidade na deambulacâo e as mudancas do curso da marcha sem usar estratégias compensatórias31'33'34; c) Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6M) desenvolvido por Balke em 1963 e atual-mente usado para avaliar capacidade funcional e tolerância ao exercicio35-37 ; d) Bateria de Testes de Guralnik ou Short Physical Performance Battery (SPPB), desenvolvida por Jack M. Guralnik e validada no Brasil por Nakano,38 usada para avaliar equilibrio estático, habilidade de caminhar e habilidade de levantar-se de uma cadeira.39,40

Foi feita estatistica descritiva, com apresentacâo de medidas de tendência central e de dispersâo conforme natureza da distribuicâo das variáveis (média, mediana, desvio padrâo e percentis) para as características da amostra, descricâo das quedas e valores de escore dos testes. Para a verificacâo da nor-malidade dos dados foi usado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Como os dados se mostraram nâo paramétricos, foi feita a correlacâo com o teste qui-quadrado de Spearman para o números de quedas e as variáveis físicas, funcionais e atividade da doenca. Os seguintes valores foram adotados para interpretar a força das correlates: 0,0 a 0,3 insignificante; 0,3 a 0,5 baixa; 0,5 a 0,7 moderada; 0,7 a 0,9 alta e 0,9 a 1 muito alta.41 Para associacâo entre grupos (caidores e nâo caidores) e as variáveis medicamentos, medo de cair e sexo foi feito o teste do qui-quadrado. Foi adotado nivel de significância de p < 0,05 e análise foi feita no programa SPSS v.21.

Resultados

Participaram do estudo 97 pacientes, a maioria mulheres, casadas, de etnia branca e com sobrepeso de acordo com o índice de massa corporal (IMC) (tabela 1). Todos os pacientes fazem uso de ao menos um medicamento para AR, 27 (27,8%) usavam algum medicamento modificador do curso da doenca.

A duracao da doenca variou de 2 a 40 anos, com uma mediana de 10 (P25 = 6 e P75 = 17), o que caracteriza doenca estabelecida na amostra estudada. A média do DAS28 foi 3,6 (± 1,3), valor relacionado a doenca em moderada atividade (> 3,2 e < 5,1).26 A mediana do HAQ foi 0,6 (1° e 3° quartis 0,1-1,5), o que indicou incapacidade de leve a moderada.28

Nos 12 meses anteriores a entrevista, cerca de um terco dos pacientes sofreu uma ou mais quedas, 52 episodios (tabela 2).

Tabela 1 - Características da amostra

Variável Valor

Pacientes, n 97

Sexo, n (%)

Feminino 86 (88,7%)

Masculino 11 (11,3%)

Idade (anos)

Média ±DP 56 ±11,7

Mínimo-máximo 23- -88

Massa corporal (kg)

Média ±DP 68,7 ±15,5

Mínimo-máximo 34,3-109,2

Estatura (m)

Média ±DP 1,57 ±0,08

Mínimo-máximo 1,37-1,78

IMC (kg/m2)

Média ±DP 27,5 ±5,3

Mínimo-máximo 15,3-40,

Medicamentos (número de)

Média ±DP 4,5 ±1,9

Mínimo-máximo 10

Estado ciuil, n (%)

Solteiro (a) 17 (17,5%)

Casado (a) 61 (62,9%)

Divorciado (a) 10 (10,3%)

Viúvo (a) 9 (9,3%)

Etnia, n (%)

Branca 60 (61,9%)

Parda 25 (25,8%)

Negra 12 (12,3%)

AR, artrite reumatoide; DP, desvio padrâo; IMC, indice de massa corporal; kg, quilograma; m, metros.

Nenhum paciente apresentou quatro ou mais quedas no último ano, foi mais frequente o episodio único nesse período. As quedas ocorreram mais durante o dia, na própria casa do paciente, enquanto andavam, por tropeco ou escorregao. A maioria nao foi ao médico ou pronto socorro, mas teve algum tipo de ferimento/escoriacao ou dor intensa (tabela 3).

O medo de cair foi relatado por 74,2% dos pacientes, tanto entre os que caíram no ano anterior quanto os que nao sofre-ram queda, porém sem associacao significativa (p = 0,274) com o relato de queda nos últimos 12 meses (tabela 4). Nao foi encontrada associacao significativa entre o medo de cair e idade (p = 0,289), duracao (p = 0,071) e atividade da doenca (p = 0,082). Pacientes com medo de cair apresentaram maior prejuízo funcional pelo HAQ (p = 0,004) e pior desempenho nos testes TC6M (p = 0,002), TUG (p = 0,007) e SPPB (p = 0,020) quando comparados com os que negaram ter medo.

Nao foi encontrada associacao significativa entre a ocor-réncia de quedas nos últimos 12 meses e a idade (p = 0,070, p = 0,498), a atividade da doenca (p = 0,50, p = 0,629), a duracao da AR (p = -0,015, p = 0,888) e a capacidade funcional (p = 0,167, p = 0,102). Também nao estao associados a presenca de queda no último ano a quantidade de medicamentos tomada diariamente e o sexo (tabela 4).

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Tabela 2 - Caracterizacäo das quedas relatadas nos últimos 12 meses

Tabela 4 - Associates das quedas relatadas com quantidade de medicamentos, presenca de medo e sexo

Variável n (%)

Sofreu queda nos últimos 12 meses

Sim 37 37,4

Nao 62 62,6

Número de vezes em que caiu

1 24 64,9

2 10 27

3 3 8,1

4 ou mais 0 0

Período do dia em que caiu

Manha 22 41,5

Tarde 18 34

Noite 12 22,6

Madrugada 1 1,9

Local da queda

Em casa 29 54,7

Na rua 19 35,8

Ambiente de trabalho 3 5,7

Ambiente de lazer 2 3,8

Atividade desenvolvida durante a queda

Andar 33 62,2

Subir/descer degraus 9 17

Cuidados domésticos 7 13,2

Vestir-se 2 3,8

Pegar objeto 2 3,8

Motivo que levou a queda

Trope^ou 20 37,8

Escorregou 19 35,8

Fraqueza nas pernas 6 11,3

Perdeu equilíbrio 5 9,4

Sentiu tontura 2 3,8

Torceu o pé 1 1,9

Procedimentos após a queda

Nenhum 35 66,1

Pronto socorro 13 24,5

Consulta médica 5 9,4

Consequencias da queda

Ferimentos/escoriafoes 18 34

Dor intensa 16 30,2

Nenhuma 14 26,4

Fratura 5 9,4

Presença de quedas X2 P

Nao (n) Sim (n)

Medicamentos

Até 3 24 8 3,002 0,083

4 ou mais 37 28

Medo de cair

Sim 43 29 1,199 0,274

Nao 18 7

Feminino 55 31 0,370 0,543

Masculino 6 5

X2 Teste do qui-quadrado.

Tabela 5 - Associates entre idade, duracao da AR, DAS28, HAQ e número de quedas e os testes de desempenho físico

Berg TC6M TUG SPPB

Idade -0,392a -0,315a 0,322a -0,335a

Duraçao da AR -0,233a -0,261a 0,160 -0,179

DAS28 -0,420a -0,286a 0,329a -0,433a

HAQ -0,575a -0,534a 0,546a -0,687a

Número de quedas -0,141 -0,051 0,072 -0,139

AR, artrite reumatoide; Berg, Escala de Equilibrio de Berg; DAS28, Disease Actiuity Score 28; Duracäo da AR (em anos); HAQ, Health Assessment Questionnaire; Idade (em anos); SPPB, Short Physical Performance Battery; TC6 M, Teste de caminhada de 6 minutos (em metros); TUG, Timed Up and Go (em segundos). Correlacäo de Spearman. a p <0,05.

O pior desempenho nos testes físicos está associado a maior idade, a maior duracao da doenca e a maior atividade da doenca. A capacidade funcional mostrou-se moderadamente associada com o desempenho em todos os testes físicos, indica que a limitacao de atividades funcionais reflete pior desempenho nesses testes. O número de quedas nao está associado ao desempenho em nenhum dos testes físicos feitos (tabela 5).

Tabela 3 - Resultados dos testes físicos TUG, Berg, TC6M e SPPB

Resultados Mínimo e máximo

Berg (mediana, P25-P75) 53 (49- 56) 15-56

TUG (mediana, P25-P75) 9,3 (7,7- 12,2) 5,5-39,4

SPPB (mediana, P25-P75) 10 (8- 12) 1- 12

TC6M (média, ±DP) 376,7 ±111,9 120-620

Berg, Escala de Equilíbrio de Berg; DP, desvio padrao; P25, percentil 25; P75, percentil 75; SPPB, Short Physical Performance Battery; TC6M, Teste de caminhada de 6 minutos (em metros); TUG, Timed Up and Go (em segundos).

Discussáo

O percentual de pessoas que caíram no período de 12 meses variou de 14,3%7 a 54%5 (18,8%,16 26,9%,17 30,2%,18 30,9%,10 33%,n 35,2%,8 36,4%,12'14 37,1%,42 42%13 e 50%9). No presente estudo 37% tiveram ao menos uma queda nos últimos 12 meses, semelhantemente aos 30,2% encontrados em outro estudo com a populacao brasileira.18 Essa incidencia anual é considerada alta, se compararmos a estimada para idosos acima de 65 anos (28% a 35%) e acima de 75 anos (32% a 42%).22 Assim como relatado por Stanmore et al.,12 houve o predo-mínio de quedas em ambiente domiciliar, provavelmente por passarem a maior parte dentro de casa devido a um estilo de vida mais restrito, no qual o conjunto de limitacoes físicas, dependencia funcional e medo forca o paciente a privar-se

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de atividades laborais, de lazer e participacao social. Outra explicacao é a grande familiarizacao com o ambiente doméstico, no qual se subestimam os fatores de risco de queda extrínsecos existentes.

O fato de a minoria (32,7%) procurar algum tipo de atendimento especializado após a queda é semelhante ao encontrado por Fessel e Nevitt10 (31%) e Stanmore et al.12 (26%) e talvez seja explicado pela baixa gravidade das lesoes, que, assim como nos estudos encontrados,8,10,12 foram os ferimen-tos leves, as escoriacoes e a dor.

Pacientes com AR tém um risco aumentado de fratura oste-oporótica, que é resultado da interacao entre aumento da fragilidade óssea (menor densidade óssea) e trauma, a queda é um importante fator causador em adultos de todas as ida-des com AR. Foi encontrada uma incidéncia maior (9,6%) de fraturas consequentes de quedas em nossos pacientes se comparado com outros estudos, que variam entre 1,1% e 5%, bem como em idosos cujas fraturas ocorrem em cerca de 5% das quedas.9'11'16'22

O medo de cair faz com que pacientes mudem seu com-portamento, até com diminuicao de atividades recreativas.8,10 Esse medo pode gerar um ciclo no qual o paciente comprometido fisicamente pela AR passa evitar situacoes de risco, torna-se menos ativo, o que piora sua capacidade física e aumenta as chances de uma futura queda. Nao foi encontrado dado nacional que quantificasse o medo de cair em populacao com AR, porém consideramos alto o percentual (74,2%) encontrado em nosso estudo quando comparado com o de outros países (20,6%,4 46,2%,17 50,5%,10 59,8%8 e 66,7%7).

De acordo com Duyur Cakat et al.,7 pacientes com medo de cair tém a doenca há mais tempo e pior escore na escala de depressao de Beck, além de pior desempenho físico. Foi encontrado que aqueles com medo de cair apresentaram pior capacidade física e funcional, talvez por nao fazerem os testes com capacidade máxima, o que compromete parcialmente os resultados dos testes físicos feitos.

Com relacao ao uso de medicamento nao foi encontrada diferenca significativa entre os grupos de caidores e nao caido-res, assim como Smulders et al.13 Na literatura foi encontrado que o maior risco de queda está relacionado a maior quanti-dade de medicamento que o paciente toma (OR = 1,4428) e ao uso de antidepressivo (OR = 2,0928) e de esteroides.14

Assim como na literatura, embora a idade seja um fator de risco importante e comumente associado a presenca de quedas, essa nao apresenta associacao com a ocorrén-cia de quedas em pacientes com AR.4,7,9-15,17 Uma possível explicacao para isso é que pessoas com AR (nao controladas ou já com suas sequelas) apresentam fatores de risco seme-lhantes as características fisiológicas do envelhecimento que as predispoem a quedas. Assim, esses pacientes apresenta-riam um envelhecimento precoce, ao menos do ponto de vista do sistema locomotor. De todos os estudos, apenas Bugdayci et al.16 encontraram associacao entre a idade e a ocorréncia de quedas e Schober et al.43 encontraram que a maior idade foi associada a um maior risco de queda em pacientes com AR, foi apontada pela literatura a necessidade de se investigar mais a relacao da idade com a ocorréncia de quedas nessa populacao.14,17

Com relacao a duracao da doenca, a média dos estudos encontrados foi de 11 a 17 anos,5,7-11,13,15,17 nossa mediana foi

de 10 anos. Nao foi encontrada associacao entre a duracao da doenca e a ocorréncia de quedas no presente estudo (p = -0,015, p = 0,888), assim como vários outros.5,9,11,13,17

O escore médio da atividade da doenca (avaliado pelo DAS28) encontrado em nosso estudo de 3,6 (± 1,3) mostra moderada atividade, mas nao se associa a ocorréncia de quedas (p = 0,050, p = 0,629). Assim como Stanmore et al.12,14 e Duyur Cakat et al.,7 no grupo dos caidores o escore da atividade da doenca é maior do que no grupo dos nao caidores (3,7 e 3,5 respectivamente). Já Hayashibara et al.9 nao encontraram diferenca no DAS28 entre os caidores e nao caidores.

Assim como Bohler et al.17 foi encontrada associacao entre a atividade da doenca e o desempenho nos testes físicos. Isso indica que pacientes com a doenca em maior atividade pos-sivelmente apresentem mais dificuldades de fazer os testes físicos e obtenham piores resultados.

A amostra estudada em sua grande maioria tem compro-metimento funcional de leve a moderado pelo HAQ; há uma associacao moderada entre o pior escore funcional e o pior desempenho nos testes físicos, porém nao se mostrou associ-ado a ocorréncia de quedas. De acordo com Marques et al.,18 a incapacidade funcional, obtida por meio do HAQ, é o principal fator de risco para queda em pacientes com AR brasileiros. A literatura mostra que aqueles com escores mais elevados no HAQ tém maior o risco de queda, caíram mais no último ano, tém mais medo de cair (assim como encontrado em nossa amostra) e apresentaram pior desempenho em testes físicos.4,5,7,10,13,14,17

Observou-se na literatura falta de padronizacao na escolha dos testes físicos para se avaliar o risco de quedas. No presente estudo, foram usados instrumentos validados que sao amplamente usados no Brasil. Nao houve associacao entre ocorréncia prévia de queda e desempenho nos testes feitos em nossa amostra de pacientes com AR. A associacao entre quedas e pior desempenho em testes de equilíbrio e desem-penho físico pode ser difícil de identificar pois os mesmos fatores que levam ao prejuízo funcional, potencial predisponente a ocorréncia de quedas, também limitam as atividades do paciente e podem reduzir sua exposicao a situacoes de risco.

O presente estudo apresenta algumas limitacoes. As informacoes sobre a ocorréncia de quedas obtidas pelo autor-relato tendem a ser subestimadas (viés de memoria) e muitos estudos sugerem que sejam feitos estudos prospectivos nos quais as quedas sao controladas por calendários de quedas e/ou telefonemas e por períodos maiores do que um ano, pois pode nao ser suficiente para distinguir caidores de nao caidores.9,10,12,13,15-17 Alguns estudos11,12,14 apontam que o fato de a amostra ser de um ambulatório de referéncia pode nao representar bem a populacao com AR em geral: espera-se que tenham casos mais graves de AR, porém mesmo os mais graves podem estar bem por ter acesso a um bom tratamento. Nao ter sido considerado o nível de atividade física dos pacientes e a ampla faixa etária também sao limitacoes do estudo.

A ocorréncia de queda é um evento multifatorial complexo cuja predicao pode ser difícil mesmo com o uso conjunto de medidas de atividade da doenca, funcionalidade e testes físicos. Os testes físicos nao mostraram associacao com a ocor-réncia de quedas prévias, sugerem que sejam feitos estudos prospectivos com o objetivo de avaliar a capacidade desses e

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de outros instrumentos de predizer a ocorrência de quedas na populaçao com AR.

Conçlus6es

Confirma-se a prevalência aumentada de quedas em pacientes com AR, porém nao se mostrou associada a idade, sexo, duracao e atividade da doenca, capacidade funcional, quan-tidade de medicamento e teste de aptidao física. Os testes físicos feitos mostraram associaçao com a idade, duracao e atividade da doenca e principalmente capacidade funcional.

Finançiamento

Bolsa de Mestrado da Coordenaçao de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Conflitos de interesse

Os autores declaram nao haver conflitos de interesse. refer ê ncias

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