ELSEVIER DOYMA
Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
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Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial
Investigado
Práticas e conhecimentos de pediatras e médicos de familia relativamente á cárie dentária
Rita Siluaa, Sónia Mendesa'*} Mário Bernardoa e Luísa Barrosb
a Faculdade de Medicina Dentária, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal b Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
informaqao sobre o artigo
Historial do artigo: Recebido a 28 de outubro de 2011 Aceite a 5 de maio de 2012 On-line a 4 de julho de 2012
Palavras-chave:
Cárie
Infancia
Conhecimentos
Práticas
Pediatra
Médico de familia Prevencao
resumo
Os pediatras e os médicos de familia podem ter um importante papel na prevencao da cárie, devido ao contacto precoce com as criancas e com as suas familias. Nas suas consultas podem promover bons comportamentos em saúde oral e incentivar a sua implementacao desde cedo na vida.
Objetivo:Estudar conhecimentos e práticas sobre saúde oral, de pediatras e médicos de familia, bem como as barreiras sentidas relacionadas com a promocao da saúde oral na sua prática clinica.
Material e métodos: Foi aplicado um questionário a médicos de familia do Agrupamento de Centros de Saúde de Almada, e a pediatras do Hospital Garcia de Orta e de uma clinica privada em Lisboa.
Resultados:Foram recolhidos 30 questionários, correspondendo a uma taxa de resposta 75%. Os participantes revelaram boas práticas, sendo as identificadas como menos realizadas a avaliacao do risco de cárie (nao efetuada por cerca de 10%) e a recomendacao de cuidados especiais em pacientes com medicales frequentes (perto de 30% referiu nao realizar). Estes profissionais revelaram possuir bons conhecimentos de saúde oral (valor médio 9,9 ± 1,82, num máximo possivel de 12). Foram evidenciados menos conhecimentos relativamente á transmissao vertical de bactérias cariogénicas e á identificacao dos primeiros sinais de cárie. A maioria dos médicos (89,3%) considerou ter um papel muito importante na promocao da saúde oral.
Conclusoes:Dada a importancia destes profissionais na prevencao primária e secundária da cárie, é fundamental melhorar a sua formacao em saúde oral para corrigir algumas das suas práticas e aumentar os seus conhecimentos nesta área.
© 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Publicado por
Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados.
* Autor para correspondencia. Correio eletrónico: sonia.mendes@fmd.ul.pt (S. Mendes). 1646-2890/$ - see front matter © 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária. Publicado por Elsevier España, S.L. Todos os direitos reservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpemd.2012.05.001
Dental caries related practices and knowledge of pediatricians and family doctors
abstract
Keywords: Dental caries Childhood Knowledge Practices Pediatric Family doctor Prevention
Pediatricians and family doctors can play an important role in the prevention of dental caries because of their early contact with children and their families.
Objective: To assess the oral health related knowledge and practices of pediatricians and family doctors and barriers related with oral health promotion.
Material and Methods: Application of a questionnaire distributed to family doctors working in the "Agrupamento de Centros de Saúde de Almada" and pediatricians working in the Hospital Garcia de Orta and in a private clinic in Lisbon.
Results:Thirty questionnaires were collected, a 75% response rate. Aspects identified as less practiced by the participants were caries risk assessment (10%) and oral health recommendations for children taking chronic medication (about 30%). Regarding knowledge, the participants evidenced good oral health knowledge (mean 9.9±1.82, with a possible maximum of 12), and showed greater difficulties in questions about vertical transmission of cariogenic bacteria and identification of early signs of dental caries. Most of the study participants considered they have a very important role in children's oral health promotion (89.3%).
Conclusions:Because of the importance of these health care professionals in the primary and secondary prevention of dental caries, it is fundamental that they receive better training in oral health issues in order to improve their knowledge and correct some of their practices. © 2011 Sociedade Portuguesa de Estomatología e Medicina Dentária. Published by Elsevier
España, S.L. All rights reserved.
Introducáo
As doengas orais continuam a constituir um dos principáis problemas da populacao infantil e juvenil a nível mundial1,2. A cárie dentária é a doenca crónica mais comum da infancia, afetando mundialmente 60% a 90% das criancas em idade escolar2. Em Portugal, 49% das criancas com 6 anos apresenta pelo menos um dente cariado, sendo o cpod médio nesta idade 2,10 e permanecendo a grande maioria dos dentes (88%) sem tratamento3.
A cárie precoce da infancia (CPI) foi definida como qualquer lesao de cárie, cavitada ou nao, diagnosticada num dente deciduo até aos 71 meses de idade4. O impacto da CPI na qua-lidade de vida pode ser substancial, prejudicando a crianca física e psicologicamente5,6. A dor, a extracao de dentes deciduos e as alteracoes funcionais daí resultantes podem levar ao absentismo escolar e a problemas na alimentacao, na fala e na aprendizagem, assim como a necessidade de tratamentos dispendiosos7,8.
Ao contrário do que acontece para os cuidados e tratamentos dentários, a maioria da populacao portuguesa tem acesso a cuidados médicos regulares desde a nascenca. Os pediatras e os médicos de familia tem um contacto precoce e frequente com os pais e com as criancas, em especial durante os primeiros anos de vida. Sendo nestas idades que a CPI se manifesta, as consultas médicas de rotina constituem uma oportunidade para realizar acoes de promocao da saúde oral e prevenir o aparecimento de hábitos prejudiciais em grande parte da populacao9. Adicionalmente, estes profissionais de saúde encontram-se numa posicao privilegiada para realizar a detecao precoce de lesoes de cárie e referenciar as criancas
com necessidade de tratamento dentário9. Desta forma, os pediatras e os médicos de familia podem ser aliados importantes para a prevencao primária e secundária da CPI, mas as suas atitudes e os seus conhecimentos de saúde oral sao fundamentais para a implementacao de práticas preventivas eficazes10.
Foram realizados vários estudos relacionados com as práticas e os conhecimentos sobre saúde oral infantil destas especialidades médicas11'12'13'14,15. A maioria dos estudos uti-lizou, como método de recolha de dados, um questionário. O estudo realizado por Prakash et al.11 no Canadá apresenta um questionário bastante completo, pelo que se considerou interessante utilizá-lo para estudar as práticas e conhecimentos destas especialidades na nossa populacao.
Tendo em vista a futura validacao para portugués do questionário desenvolvido por Prakash e a execucao de um estudo de larga escala, realizou-se um estudo com o objetivo de conhecer as práticas e os conhecimentos relativos a prevencao da CPI, dos pediatras e dos médicos de familia que exercem a sua atividade profissional nos concelhos de Almada e Lisboa, assim como as barreiras que estes profissionais identificam para a implementacao de rotinas de promocao da saúde oral na sua prática clinica.
Materiais e métodos
Para atingir o objetivo proposto, foi realizado um estudo obser-vacional e transversal, utilizando uma versao adaptada para portugues do questionário de Prakash et al.11.
Adaptaçâo do questionário
A versâo original do questionário, cedida pelos seus autores, foi sujeita a 2 traduces independentes, que foram depois comparadas e compiladas por um terceiro elemento. Esta versâo foi retrotraduzida para a língua original por outro tra-dutor, de origem inglesa que possui bons conhecimentos de portugués16. A versâo portuguesa final, resultante do processo de traducâo, foi sujeita à análise de um painel de 5 peritos17 (2 odontopediatras, 1 médico de familia e 2 médicos pediatras). Após esta verificacâo de conteúdo, foram realizadas pequenas alterares para adaptacâo do questionário à realidade portuguesa, dando origem à versâo final, aplicada no presente estudo. O questionário original destina-se à reco-lha de dados relativos a criancas até aos 3 anos de idade, mas, dado que se pretende conhecer as práticas clínicas que incluem todo o período de desenvolvimento da CPI, na versâo portuguesa foram duplicadas as questôes, permitindo a sua aplicacâo a 2 grupos etários, até aos 3 anos e dos 3 aos 6 anos.
Estrutura do questionário
A primeira seccâo do questionário é constituida por 16 questôes sobre as práticas relacionadas com a saúde oral, nomeadamente, observacâo da boca e dentes, prescricâo de flúor em suplementos e em dentífricos, conselhos de higiene oral e encaminhamento para consulta de saúde oral preventiva, entre outras. A resposta a estas questôes é realizada através de uma escala com 5 opcôes que vâo desde «nunca» efetuar o procedimento até efetuá-lo a «mais de 75% dos doentes». Ainda na primeira seccâo, existem 6 questôes para avaliacâo de conhecimentos e 3 para avaliacâo da autoconfianca na identificacâo de lesôes de cárie e no acon-selhamento de cuidados de higiene oral. Nestas 9 questôes é utilizada uma escala de concordância do tipo Likert com 5 hipó-teses de resposta, que vâo desde «discordo completamente» até «concordo totalmente». As 6 questôes sobre avaliacâo de conhecimentos consistem em afirmacôes, umas verdadeiras e outras falsas, às quais os participantes respondem utilizando a escala mencionada. As respostas em que o participante concorda com afirmacôes verdadeiras ou discorda de afirmacôes falsas sâo consideradas «corretas». Por outro lado, as respostas em que o participante concorda com afirmacôes falsas ou em que discorda de afirmacôes verdadeiras sâo consideradas incorretas.
A segunda seccâo do questionário é composta por 6 per-guntas, das quais 3 sâo sobre a predisposicâo para realizar determinadas atividades relacionadas com a saúde oral. Tam-bém é utilizada uma escala tipo Likert com 5 hipóteses de resposta, que variam desde «menos predisposto» a «mais predisposto». Nesta seccâo é ainda questionada a importân-cia do papel do médico na promocâo da saúde oral, quais os profissionais que deveriam transmitir informacâo sobre esta área da saúde e quais as barreiras encontradas para realizar os procedimentos de saúde oral.
Por último, existe uma seccâo que recolhe a informacâo geral do participante, como o seu sexo, idade, especialidade e local de formacâo.
Recolha dos dados
Este estudo foi aprovado pela Comissao de Ética para a Saúde da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e foi, também, autorizado pelas institutes incluidas no mesmo.
O questionário foi distribuido a 22 pediatras que exercem a sua atividade no Servico de Pediatria do Hospital Garcia de Orta e numa clínica privada de Lisboa; e a 18 médicos de familia de 2 unidades de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde de Almada (Unidade de Saúde Familiar da Cova da Pie-dade e Unidade de Cuidados de Saúde Primários Rainha D.a Leonor), que observam regularmente criancas até aos 6 anos de idade. A distribuido dos questionários foi realizada pes-soalmente por um dos investigadores, com a ajuda de um elemento da instituido. O questionário, de preenchimento anónimo, foi entregue juntamente com uma carta que expli-cava a importancia do estudo e os seus objetivos. Os médicos que aceitaram participar voluntariamente devolveram o questionário em envelope fechado, garantindo a confidencialidade dos dados. A devolucao do questionário foi considerada como aceitacao da participacao no estudo.
Análise estatística
A análise dos dados foi efetuada na aplicacao SPSS version 18 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA), tendo sido calculadas as frequéncias das respostas para o total da amostra. Quando uma questao nao foi respondida ou quando, em questöes com uma única opcao de resposta, foi respondida mais do que uma alinea, a resposta foi eliminada da análise, sendo, no entanto, as restantes respostas desse participante mantidas. Por outro lado, nas questöes em que se podia assinalar mais do que uma resposta, a análise dos dados pode refletir-se num «n» maior do que o total de participantes.
Conforme previsto no questionário original, as 6 pergun-tas de conhecimentos sobre saúde oral foram agregadas num valor único de «conhecimentos sobre CPI», realizado do seguinte modo. As respostas incorretas foram cotadas com 0 valores, as respostas «nao concordo, nem discordo» com 1 valor e as respostas corretas com 2 valores.
Resultados
Caracterizaçâo da amostra
Foram distribuidos 40 questionários e incluidos no estudo todos os médicos que devolveram o questionário preenchido. A amostra ficou constituida por um total de 30 participantes, dos quais 15 eram médicos de família e 15 eram pediatras. A taxa de resposta foi de 75%. Os questionários nâo incluidos deveram-se a nâo devolucâo (17,5%), nâo distribuicâo por auséncias prolongadas no local de trabalho (5,0%) ou a recusa expressa em participar (2,5%).
A média de idades dos participantes do estudo foi de 45,1 (±9,41) e 70% da amostra era do sexo feminino. A grande mai-oria dos médicos (86,7%) licenciou-se em Lisboa. Os locais predominantes de formacâo de especialidade foram o Con-celho de Setúbal (63,3%) e o Concelho de Lisboa (30,0%).
Frequencia de cárie dentaria
Os médicos que participaram no estudo referiram observar mensalmente, em média, cerca de 34,3 (±31,84) criancas com menos de 3 anos e 25,6 (±25,30) criancas entre os 3 e os 6 anos de idade. Verificou-se a existencia de uma grande variabili-dade do número de criancas observadas.
Metade dos participantes estimou ver, em média, menos de uma crianca até aos 3 anos de idade com cárie. Quanto as criancas entre os 3 e os 6 anos de idades, 55,2% dos participantes estimou observar entre 1 a 5 criancas com cárie por mes. Utilizando os valores, referidos pelos participantes, do número de criancas observadas com cárie e do número de criancas observadas no total, foi feita uma estimativa da pre-valencia de CPI na populacao observada por cada participante. A mediana das várias prevalencias para as criancas menores de 3 anos foi de 4,58% e para as idades entre os 3 e 6 anos de idade foi de 15%.
Práticas relacionadas com a saúde oral
A grande maioria dos participantes referiu realizar na sua consulta procedimentos relativos a saúde oral dos pacientes infantis. No entanto, a avaliacao do risco de cárie, a recomendacao de cuidados especiais de higiene oral em criancas que efetuam medicacao frequente e, principalmente,
a prescricao de suplementos de flúor foram os indicados como menos efetuados (tabela 1).
Uma percentagem de 56,7% dos participantes referiu recomendar a primeira visita preventiva ao dentista entre os 3 e os 6 anos de idade (tabela 2).
Conhecimentos sobre cárie precoce da infancia
Na generalidade, os conhecimentos sobre CPI dos médicos participantes podem considerar-se bons, com uma média de 9,9 (±1,82), num valor máximo possível de 12. Este valor máximo foi atingido por apenas 19,2% dos participantes e o mínimo encontrado foi de 5 valores (3,8%). As questoes relacionadas com a transmissao vertical de bactérias cariogénicas, bem como com os primeiros sinais de cárie, foram aquelas em que surgiram mais respostas incorretas (tabela 3).
Relativamente as questoes sobre a autoconfianca, os médicos consideraram-se bastante confiantes no que se refere ao aconselhamento de cuidados a ter com os dentes, mas somente 42,9% dos participantes referiu ser capaz de identificar estádios iniciais de cárie dentária (tabela 4).
Atividades de promocao da saúde oral
A grande maioria dos participantes do estudo (89,3%) clas-sificou como muito importante o seu papel na promocao da
Tabela 1 - Procedimentos realizados na consulta de saúde infantil
Questâo Nunca 1-25% dos 26-50% dos 51-75% dos > 75% dos
pacientes pacientes pacientes pacientes
Observa a boca da criança? < 3 anos 0,0% 0,0% 0,0% 3,3% (n = 1) 96,7% (n = 29)
3-6 anos 0,0% 0,0% 0,0% 3,4% (n = 1) 96,6% (n = 28)
Observa os dentes da criança? < 3 anos 0,0% 0,0% 3,3% (n = 1) 10,0% (n = 3) 86,7% (n = 26)
3-6 anos 0,0% 0,0% 0,0% 3,4% (n = 1) 96,6% (n = 28)
Aconselha os pais/ responsáveis < 3 anos 0,0% 6,7% (n =2) 0,0% 10,0% (n = 3) 83,3% (n = 25)
relativamente ao nascimento 3-6 anos 3,4% (n = 1) 3,4% (n = 1) 3,4% (n = 1) 13,8% (n = 4) 75,9% (n = 22)
dos dentes e aos cuidados a ter
com os mesmos?
Avalia o risco de a crianca < 3 anos 10,3% (n = 3) 3,4% (n = 1) 20,7% (n = 6) 10,3% (n = 3) 55,2% (n = 16)
desenvolver cárie? 3-6 anos 11,1% (n = 3) 3,7% (n = 1) 18,5% (n : = 5) 18,5% (n = 5) 48,1% (n = 13)
Aconselha os pais/ responsáveis < 3 anos 0,0% 0,0% 6,7% (n = 2) 13,3% (n = 4) 80.0% (n = 24)
relativamente aos métodos de 3-6 anos 0,0% 3,3% (n = 1) 0,0% 13,8% (n = 4) 82,8% (n = 24)
limpeza dos dentes?
Fala com os pais/ responsáveis < 3 anos 0,0% 0,0% 3,3% (n = 1) 13,3% (n = 4) 83,3% (n = 25)
acerca do uso de pasta dentífrica 3-6 anos 0,0% 0,0% 6,9% (n = 2) 3,4% (n = 1) 89,7% (n = 26)
fluoretada?
Prescreve suplementos de flúor? < 3 anos 72,4% (n = 21) 17,2% (n = 5) 3,4% (n = 1) 0,0% 6,9% (n = 2)
3-6 anos 67,9% (n = 19) 14,3% (n = 4) 3,6% (n = 1) 3,6% (n = 1) 10,7% (n = 3)
Aconselha os pais/ responsáveis < 3 anos 0,0% 0,0% 6,9% (n = 2) 13,8% (n = 4) 79,3% (n = 23)
relativamente ao consumo de 3-6 anos 3,6% (n = 1) 3,6% (n = 1) 3,6% (n = 1) 10,7% (n = 3) 78,6% (n = 22)
doces e alimentos acucarados?
Em criancas que frequentemente < 3 anos 30,0% (n = 9) 13,3% (n = 4) 23,3% (n = 7) 6,7% (n = 2) 26,7% (n = 8)
tomam medicales na forma de 3-6 anos 37,9% (n = 11) 3,4% (n = 1) 24,1% (n = 7) 10,3% (n = 3) 24,1% (n = 7)
xarope recomenda aos pais/
responsáveis cuidados especiais
de higiene oral?
Aconselha os pais/ responsáveis < 3 anos 6,9% (n = 2) 3,4% (n = 1) 6,9% (n = 2) 17,2% (n = 5) 65,5% (n = 19)
sobre a colocacâo de substâncias 3-6 anos - - - - -
doces no biberâo?
Tabela 2 - Práticas relacionadas com a saúde oral
Afirmagao Pediatras Médicos de familia Total
Idade com que recomenda a primeira visita preventiva
Nao recomendo 0,0% 20,0% (n = 3) 10,0% (n = 3)
Até ao 1.° ano 0,0% 0,0% 0,0%
Entre o 1.° e o 2.° ano 6,7% (n = 1) 0,0% 3,3% (n = 1)
Entre o 2.° e o 3.° ano 33,3% (n = 5) 13,3% (n = 2) 23,3% (n = 7)
Entre o 3.° e o 6.° ano 60,0% (n = 9) 53,3% (n = 8) 56,7% (n = 17)
Depois dos 6 anos 0,0% 13,3% (n = 2) 6,7% (n = 2)
Idade com que recomenda deixar o biberao
Nao recomendo 0,0% 6,7% (n = 1) 3,3% (n = 1)
Até ao 1.° ano de idade 26,7% (n = 4) 26,7% (n = 4) 26,7% (n = 8)
Entre o 1.° e o 2.° ano de idade 66,7% (n = 10) 40,0% (n = 6) 53,3% (n = 16)
Entre o 2.° e o 3.° ano de idade 6,7% (n = 1) 20,0% (n = 3) 13,3% (n = 4)
Depois dos 3 anos de idade 0,0% 6,7% (n = 1) 3,3% (n = 1)
Como procede quando identifica uma cárie em dentes de leite
Nunca observei uma crianza com cárie 0,0% 0,0% 0,0%
Nao efetuo nenhum procedimento 0,0% 0,0% 0,0%
Anoto na ficha clinica 0,0% 26,3% (n = 5) 14,7% (n = 5)
Aconselho os pais/ responsáveis a levarem a crianza ao dentista 86,7% (n = 13) 21,1% (n = 4) 50,0% (n = 17)
Fa?o um envio formal para um dentista 13,3% (n = 2) 36,8% (n = 7) 26,5% (n = 9)
Outros* 0,0% 15,8% (n = 3) 8,8% (n = 3)
Como procede quando identifica uma cárie em dentes permanentes
Nunca observei uma crianza com cárie 0,0% 0,0% 0,0%
Nao efetuo nenhum procedimento 0,0% 0,0% 0,0%
Anoto na ficha clinica 0,0% 11,8% (n = 2) 6,3% (n = 2)
Aconselho os pais/ responsáveis a levarem a crianza ao dentista 80,0% (n = 12) 29,4% (n = 5) 53,1% (n = 17)
Fa?o um envio formal para um dentista 20,0% (n = 3) 47,1 (n = 8) 34,4% (n = 11)
Outros* 0,0% 11,8% (n = 2) 6,3% (n = 2)
* Envio ao higienista ou estomatologista do centro de saúde.
Levantar o lábio Aconselhar os pais Referenciar
superior da quanto a medidas changas com
changa preventivas de suspeita de cárie saúde oral
■ Mais predisposto ■ Predisposto
■ Mais ou menos z Pouco predisposto
predisposto
Figura 1 - Predisposicao para realizar procedimentos preventivos de saúde oral durante a consulta de rotina (n = 30).
saúde oral e mostrou-se com predisposicao para realizar procedimentos relativos á saúde oral durante a consulta de rotina (fig. 1). Os principais obstáculos referidos á realizacao dos procedimentos avaliados foram o número limitado de profis-sionais de saúde oral na zona de trabalho (27,3%) e a falta de percecao dos pais da necessidade de cuidados dentários (25,0%) (fig. 2).
Os profissionais de saúde que foram indicados pelos participantes do estudo como os que deveriam fornecer
informacao sobre a prevencao de doencas orais foram, por ordem decrescente, os médicos de familia (27,0%), os enfer-meiros (25,0%), os médicos dentistas (23,0%) e os pediatras (23,0%). Na alinea «outros» (2,0%) foram referidos os higienistas orais e os professores das escolas e jardins-de-infancia.
Figura 2 - Obstáculos á realizacao dos procedimentos preventivos (n = 44).
Tabela 3 - Conhecimentos sobre a cárie dentária
Afirmado Total
A cárie precoce da infancia só afeta bebés alimentados com biberao Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 75,9% (n 17,2% (n 6,9% (n = = 22) = 5) : 2)
As pastas dentífricas fluoretadas nao devem ser usadas por criancias com menos de 3 anos de idade Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 89,7% (n 0,0% 10,3% (n = 26) = 3)
Os dentes cariados, quando nao tratados, podem afetar a saúde geral da criancia Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 0,0% 0,0% 100% (n = 30)
Os dentes de leite sao importantes, apesar de virem a cair Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 0,0% 0,0% 100% (n = 30)
As bactérias que causam a cárie dentária podem transmitir-se de maes para filhos Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 34,5% (n 24,1% (n 41,8% (n = 10) = 7) = 12)
Os primeiros sinais de cárie dentária consistem em pequenas manchas ou linhas brancas Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 17,2% (n 41,4% (n 41,5% (n = 5) = 12) = 12)
Tabela 4 - Questionário de confianca sobre os conhecimentos de cárie
Afirmaciao Total
Considero-me capaz de identificar estádios iniciáis de cárie dentária em criancas Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 10,7% (n 46,4% (n 42,9% (n = 3) = 13) = 12)
Considero-me capaz de identificar estádios avancados de cárie dentária em criancas Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 6,7% (n = 0,0% 93,3% (n 2) = 28)
Considero que possuo conhecimentos suficientes para aconselhar os pais no que diz respeito aos cuidados a ter, em casa, com os dentes dos seus filhos Discordo totalmente/Discordo Nao concordo nem discordo Concordo totalmente/Concordo 0,0% 20,0% (n 80,0% (n = 6) = 24)
Discussáo
Nos primeiros anos de vida das crianzas, os pediatras e os médicos de familia efetuam, desde o seu nascimento, um acompanhamento com uma periodicidade muito regular. Em Portugal, de acordo com as recomendacoes da Direcao-Geral da Saúde (DGS), devem ser realizadas, pelo menos, 6 consultas de rotina até ao primeiro aniversário da crianca e um total de 11 até aos 3 anos de idade18. Este contacto periódico nao acontece com os profissionais de saúde oral, especialmente nos primeiros anos de vida. Assim sendo, os pediatras e médicos de familia tem uma posicao privilegiada para a promocao da saúde oral infantil e prevencao da CPI. Este papel torna-se ainda mais relevante em paises como Portugal, onde o acesso aos servicios médico-dentários nao é fácil para a maioria da populacao.
Os primeiros anos de vida sao importantes para a aquisicao de comportamentos saudáveis e estabelecimento de padroes de alimentacao e higiene, essenciais para uma boa saúde oral19. Por outro lado, a correcao de comportamentos prejudi-ciais já estabelecidos é reconhecida como sendo mais difícil20.
Os participantes deste estudo demonstraram boas práticas relativamente a saúde oral infantil. É de realcar que a grande maioria dos médicos de familia e pediatras inquiridos realiza uma observacao da boca e dos dentes nas suas consultas de rotina, e refere efetuar aconselhamento relativamente a higiene oral e ao uso de pasta dentífrica fluoretada. Na maioria dos países desenvolvidos existem recomendacoes sobre os procedimentos a realizar nas consultas infantis de rotina. Em Portugal, a DGS recomenda a observacao dos dentes e o aconselhamento sobre os cuidados dentários a partir da consulta dos 6 meses, sendo um tópico constante em todas as consultas a partir desta idade21, o que explica os resultados obtidos no estudo. Um outro aspeto interessante é o de a maioria dos participantes nao prescrever suplementos de flúor. Esta prática está de acordo com as recomendacoes da DGS, que preconiza a utilizacao de suplementos de flúor somente em individuos de risco e que nao realizem escovagem dentá-ria regular com dentífrico fluoretado22. A avaliacao do risco de cárie foi uma das práticas referidas como menos efetuada, o que pode ser devido ao facto de se tratar de um procedimento demorado. A falta de conhecimentos ou de confianca para a realizacao de atos mais técnicos de saúde oral também pode contribuir para este aspeto12.
A idade aconselhada, pelos participantes do estudo, para a primeira visita preventiva ao dentista, pode ser considerada tardia. A American Academy of Pediatric Dentistry indica que a prevencao da cárie deve comecar no período pré-natal e que a primeira avaliacao oral deve ocorrer por volta dos 6 meses, com a erupcao do primeiro dente23. Esta calendarizacao permite que os cuidados dentários preventivos se iniciem precocemente e com o máximo beneficio13'24. Os estudos da DGS3 continuam a demonstrar que a maioria dos dentes decí-duos permanece sem tratamento, pelo que é indispensável um maior envolvimento de todos os profissionais de saúde para o reforco da intervencao precoce em saúde oral25. É também interessante verificar que, face a identificacao de uma cárie num dente decíduo, o procedimento mais frequente consiste no aconselhamento ou no envio formal ao
médico dentista. No entanto, a percentagem de dentes de leite nao tratados na populacho permanece bastante elevada. Esta constatacao aponta para a existéncia de barreiras adicionais para a realizacao dos tratamentos necessários.
Os resultados encontrados sobre as práticas médicas relativas a saúde oral infantil foram, na generalidade, semelhantes aos de outros estudos9,11,14,15. Os médicos participantes, embora com bons conhecimentos sobre CPI, evidenciaram possuir menos conhecimentos quanto a transmissao vertical de bactérias cariogénicas e a identificacao dos primeiros sinais de cárie dentária. As limitacöes expressas, por parte dos participantes, relativamente a identificacao das lesöes de cárie nos seus estádios iniciais dificulta o diagnóstico precoce da CPI, sendo uma importante lacuna a colmatar. Também Pra-kash et al.11, verificaram que somente 46,3% dos médicos se consideravam capazes de identificar uma lesao de cárie.
As principais barreiras referidas para a realizacao de ati-vidades relacionadas com a área da saúde oral foram a falta de profissionais de saúde oral na zona de trabalho para quem encaminhar os pacientes e a falta de percecao da necessidade de cuidados dentários por parte dos pais. O primeiro obstáculo é interessante, pois atualmente o número de médicos dentistas em Portugal é elevado e suficiente para as necessidades da populacao, sobretudo considerando as regiöes onde exer-cem os médicos que participaram neste estudo. Apesar disso, o número de médicos dentistas que recebem criancas destas idades pode ser um fator condicionante. A pouca percecao dos pais das necessidades de tratamento poderá ser explicada pela crenca comum que a denticao decidua é uma denticao tem-porária que nao necessita de tratamento, mas também pela dificuldade ao acesso a este tipo de tratamentos.
No estudo de Prakash et al.11 os principais obstáculos para a nao realizacao de atividades de promocao da saúde oral foram a falta de tempo na consulta e a falta de conhecimentos para a identificacao de cárie dentária.
Os valores de prevaléncia de CPI, estimados como referido anteriormente, nos resultados parecem ser baixos. Existem alguns estudos realizados em Portugal26,27,28, em populacöes restritas, que encontraram valores de prevaléncia de CPI entre 15% e 48%. Mesmo tendo em consideracao a existén-cia de erros inerentes ao processo de cálculo das estimativas, estes valores sao consideravelmente mais elevados do que os estimados com base nos resultados deste estudo. Esta dispa-ridade pode sugerir a existéncia de dificuldades por parte dos médicos em realizar o diagnóstico de lesöes de cárie, principalmente nos seus estádios iniciais, como também é indicado diretamente pelos próprios participantes do estudo.
Este estudo apresenta algumas limitacöes, tais como uma amostra reduzida e a utilizacao de um questionário que, embora tenha resultado de um processo de traducao e adaptacao minuciosos, ainda nao se encontrava validado. Adi-cionalmente, sendo a avaliacao das práticas e conhecimentos realizada a partir do relato dos próprios médicos, é de esperar que estes indiquem a resposta que sabem ser a mais correta e nao necessariamente a verdadeira. Para colmatar esta última desvantagem, em estudos futuros, poderá ser realizado um cruzamento dos dados com outros indicadores mais objetivos. Apesar destas limitacöes, o questionário utilizado parece ter boas caracteristicas para se efetuar um estudo de maior dimensao em que se pretende realizar a sua validacao.
Conclusoes
Os médicos de familia e os pediatras participantes neste estudo consideraram possuir um papel importante na promocao da saúde oral das criancas, relatando boas práticas e demonstrando bons conhecimentos sobre saúde oral infantil. No entanto, as dificuldades evidenciadas em certos tópicos, tais como a identificacao dos estádios precoces de CPI, podem demonstrar alguma falta de formacao nesta área. Para uma melhoria efetiva da prevencao primária e secundária da CPI, seria relevante um reforco da formacao destes especialistas na área da saúde oral.
Responsabilidades éticas
Protegao de pessoas e animais. Os autores declaram que para esta investigacao nao se realizaram experiéncias em seres humanos e/ou animais.
Confidencialidade dos dados. Os autores declaram que nao aparecem dados de pacientes neste artigo.
Direito a privacidade e consentimento escrito. Os autores declaram que nao aparecem dados de pacientes neste artigo.
Conflito de interesses
Os autores declaram nao haver conflito de interesses.
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